quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Flor de Plástico - agosto/2010

A cada palavra,
o pouco que restava
foi se perdendo
Na verdade
um pouco que,
até então,
pensava ser deserto que nunca acaba,
árido secando lágrimas que ainda teimavam em inundar-me
Que por muitas vezes brotavam
quando, despida da tua presença,
eu me deixava invadir por aquelas sensações
que um dia, quis eternas
A cada palavra,
percebi que não querias,
que nunca quiseste
Mas as sensações são perversas
Nos enganam,
nos fazem acreditar que tudo é verdade
e abafam qualquer vestígio da razão
Hoje senti asco
Vontade de socos e pontapés
Raiva dos que não sabem amar
Nem que seja por um segundo
Raiva de ti,
que brinca,
que colhe tuas palavras em terreno alheio
e as rega com lágrimas sinceras,
doídas
Dor que não conheces
Desejo que todas as tuas flores murchem,
mesmo sendo do mais vagabundo plástico
Que nada reste
Nem a lembrança do perfume
que tu sabias não ser verdadeiro

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