terça-feira, 1 de setembro de 2015

Sempre a Dança






plié
elevé

eu
a vida

eis
o pas de deux



Agora vermelho





tudo é azul
enquanto o cinzel
não rasga a pele
e esculpe
toda a dor
pintada de vermelho


Minha escuridão


Até mesmo na escuridão
melhor permanecer de olhos fechados

Queria saber como fechar os ouvidos
como silenciar o pensamento

Mas isso nem a morte me garante

Então continuo sentada no canto do quarto
joelhos encolhidos
braços ao redor
como se fosse essa
a única proteção possível

Pois mesmo sem abrir os olhos
sei que os fantasmas rondam

Eles sabem
não poder fazer nenhum mal a mim

Mas eu 
ainda duvido