terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

... como saber?

Sabemos que amamos a mãe, o pai, o irmão, a irmã, os sobrinhos, o vô, a vó... sabemos que os amamos porque assim nos é dito, nos é ensinado.
Com o tempo só vamos percebendo que uns amores são fluidos, tranquilos; já outros, arrastados, barulhentos.
Seguimos aprendendo a vivê-los.
Mas, e quando chega aquela Pessoa que ninguém nos disse se é pra amar, aquela Pessoa que ninguém nos ensinou que é para amar?
Como saberei que é amor o que sinto?
A família, uns a gente ama desde que nascemos, outros, desde que nascem. Mas, e essa Pessoa que chega sem avisar? Como saberei quanto tempo preciso para ter certeza?
Como saberei se esse amor será uma brisa quente de verão ou, será tempestade destelhando minha paz?
Comparo-o aos "amores" que vivi ou, que pensei ter vivido, ou o abraço como criança ao seu presente de Natal?
Criança sempre sabe amar, é bichinho corajoso, ama sem medo.
Será que a cabeça deitada ao travesseiro desejosa de seu peito; será que as lágrimas que escorrem, serenas, do canto dos olhos, nada além de felicidade transbordando; será que essa paz desconhecida; será que  esse sorriso que rasga a boca a todo momento; será que tudo isso é amar?
Será que amar é uma escolha, eu conheço pra depois decidir se amo ou não?
Ou o amor acontece e escolhemos conhecer quem nos pegamos amando?
Por que não podemos simplesmente amar sem precisar que o outro também nos ame? ... bem, isso nós podemos, onde está escrito que não?
Ah!!!! Mas dói...
Não amar também dói.
Não dançar a música que o coração está tocando também dói.
Não sorrir de felicidade se perdendo em infinitos suspiros também dói.
Ah!!!! Então, eu escolho amar!
E, vou chamar de amor o que sinto por essa Pessoa.
... se eu tenho certeza que é amor???
... se eu sei se essa Pessoa me ama???
Bem, deem o nome que quiserem, que eu, simplesmente, continuarei sentindo.
E, se um dia Você, essa Pessoa de quem falei o tempo todo, quiser sentir esse amor junto comigo, será bem-vindo!

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