sábado, 10 de janeiro de 2015

Solidão que dói

Sempre gostei da solidão.
Mas agora dói.
Tem doído bastante.
Não precisava ser o tempo todo.
Todos os dias.
Todo o sempre.
As pessoas escorregam 
como chuva no boeiro.
Sem deixar rastros.
Nem lembranças.
Nem saudades.
Queria ir pra longe.
Começar de novo.
Mas não se faz um amigo de infância
depois dos quarenta.
Nem sei mais como se faz um amigo.
Tem que acontecer.
Mas ... como?
A voz da TV é pra quebrar o silêncio.
Ele fere.

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